A escola
está passando por um processo de renovação. Estamos
vivendo uma época de constantes transformações, de
trocas rápidas de informação, em que o conhecimento
nos chega de forma acelerada, refletindo as mudanças
ocorridas na sociedade. Com o avanço das
tecnologias, os alunos chegam à escola com uma
imensa quantidade de informações. É uma avalanche de
novidades, mas a informação, por si só, não forma e
não educa. É preciso que haja uma transformação
efetiva e qualitativa nas práticas pedagógicas. Esse
novo cenário exige do professor uma nova postura.
Orientar o aluno a organizar, a selecionar as
informações e a elas dar sentido é tarefa
fundamental do professor.
As facilidades oferecidas pelos computadores
permitem explorar uma gama ilimitada de diferentes
usos da informática na educação, aumentando as áreas
de aplicação e a diversidade de atividades que
professores e alunos podem realizar. A informática
favorece a proposta de trabalhos escolares com
postura interdisciplinar. Quando propomos trabalhos
temáticos, como elaboração de um jornal, a produção
de textos com o auxílio dos computadores pode
tornar-se uma atividade mais atrativa e prazerosa:
os textos ganham cores, gráficos e imagens que se
modificam sob o controle dos alunos.
A inclusão dos computadores nas escolas deve ser
vista não só como fonte de informação, mas também
como ferramenta para transformá-la. Cada vez mais, o
professor precisa planejar e implantar propostas
dinâmicas de aprendizagem, descobrindo usos
criativos da tecnologia educacional que levem os
alunos a gostar de aprender. O professor deve ser
constantemente estimulado a modificar sua ação
pedagógica e conceber o uso do computador como um
apoio, e não como um novo método de ensino. É
preciso saber discernir qual atividade deve ser
realizada por meio da informática, saber como
integrar conteúdos disciplinares, que atividades
podem permitir a exploração de determinados
conteúdos e com que profundidade elas devem ser
realizadas.
O professor é peça-chave no processo de
transformação da escola; sem o seu envolvimento,
pouco se pode realizar. Por ser tão importante, o
trabalho do educador não pode ser improvisado. É
imprescindível que o planejamento das aulas de
informática seja feito em conjunto com os
professores de outras disciplinas, de modo a
estabelecer a conexão entre o conteúdo que se
aprende na sala de aula e aquele que é trabalhado na
sala informatizada.
Trabalhar com informática requer, simultaneamente,
conhecimento técnico e pedagógico, pois um fornece
suporte ao outro. A partir do momento em que se
sentir seguro com as questões técnicas, o professor
pode avançar na exploração da informática em
atividades pedagógicas mais elaboradas.
A capacitação dos professores é de extrema
importância para que haja mudanças expressivas. Isso
significa que o processo de formação deve propiciar
ao professor a construção de novos conhecimentos,
a habilidade de relacionar diferentes conteúdos e
construir um novo referencial pedagógico. O
professor precisa estar atualizado e aberto às novas
formas de ensinar, trocar idéias, experiências e
conhecimentos com outros colegas.
Com os recursos da informática, a educação pode
ensejar uma aprendizagem construtiva e
significativa, na qual o aluno pode aprender de
forma mais dinâmica e transformadora.
Monica Moreira
Pedagoga
graduada pela Universidade Paulista (UNIP),
professora e coordenadora da disciplina de
Informática. |