Elas estão na rede, conectadas com o
mundo, e usam muito bem as ferramentas
que a tecnologia oferece. Embora ainda
sejam muito jovens, as crianças do
Ensino Fundamental 1 demonstram um
desempenho bem avançado diante do
ciberespaço. Elas têm e-mail,
blogs, fotologs, batem
papo em tempo real, estão no Orkut
e no Youtube, acessam sites,
chats, criam comunidades
online, enfim, recebem e enviam
informações com grande facilidade. Mas
será que essas meninas e meninos têm
dimensão dos perigos existentes na rede
mundial de computadores?
“Não. Daí a necessidade de ensinar as
regras básicas de segurança, os riscos
que existem ao navegar na Internet e
como lidar com essas situações”, afirma
a coordenadora de Informática do Ensino
Fundamental 1, Mônica Moreira. Foi essa
a preocupação que deu origem à aula
especial sobre Internet, segurança e
ética, na qual foram dadas todas as
orientações para que ninguém seja vítima
e nem culpado de pragas e crimes
eletrônicos, cada vez mais comuns.
Boa ou ruim?
“Eu entendi que a Internet pode ser boa
ou ruim, desde que você saiba o que está
fazendo”, concluiu a aluna do 5º ano,
Gabriela, depois da
palestra. Para que os alunos
compreendessem a importância do conteúdo
abordado, os professores utilizaram
vídeos animados e slides que
empregavam uma didática apropriada à
idade deles. Com isso, foi explicado o
que é a Internet, quais são os seus
recursos, formas de troca de informações
e de conexão.
Mônica Moreira alertou as crianças sobre
o quê e com quem conversar em salas de
bate-papo e mensageiros instantâneos,
bem como o que enviar por e-mail.
Além disso, também ensinou a desconfiar
das mensagens que chegam via correio
eletrônico, com links suspeitos
que podem conter vírus, orientando
também sobre o roubo de informações,
cada vez mais constante na rede.
Bullying
Não ficou de fora dessa proposta a
discussão sobre bullying –
termo em inglês que caracteriza a
agressão verbal ou psicológica
intencional e repetida que causa dor,
angústia, isolamento e intimidação, por
exemplo. Muito comum entre crianças e
adolescentes, o bullying
encontra na Internet um meio fácil de
propagação por meio da difusão de
apelidos, calúnias, discriminações e
outras formas de humilhação, e por isso
já ganhou a denominação de
cyber-bullying.
Os alunos aprenderam que podem ser
vítimas ou culpados, dependendo de como
utilizam a web. As formas de
punição previstas em lei para esse e
outros casos, como o plágio, também
foram expostas na aula. “O grande
desafio é conscientizar as crianças de
que alguns comportamentos na utilização
dos meios eletrônicos podem gerar
punições. Cabe a nós, professores,
ajudar as crianças a entender como
funciona a rede e a selecionar os
conteúdos acessados”, disse Mônica.
“Entendi que temos de respeitar os
direitos das outras pessoas, não copiar
textos e não falar mal dos outros”,
expôs a aluna Marina,
do 4º ano. Pelo jeito, ela entendeu bem
a lição, pois argumenta: “Não devemos
fornecer nosso nome completo nem dar
endereço e telefone e usar a Internet
para pesquisas escolares e jogos
educativos, sempre adequadamente.”
Os alunos ficaram surpresos com o que
aprenderam sobre os direitos e deveres
no uso correto e responsável da
Internet. Para eles, foi importante
aprender mais essa lição, da qual
participaram ativamente.