Interesse e disposição foram
elementos fartos durante as
aulas de Ciências e
Informática do 1º semestre,
cujo conteúdo aprendido
culminaria na exposição
Pequenos inventores, grandes
invenções.
Voltada aos alunos do 5º ano, a mostra
reuniu mais de 300 trabalhos
que contemplaram ciência e
tecnologia. Com ajuda da
Robótica, os estudantes
montaram um invento mais
interessante que o outro,
valendo-se de conceitos como
eletricidade, magnetização,
velocidade, força e redução.
“Por tratar-se de uma
atividade interdisciplinar,
com o aprendizado do tópico
sobre eletricidade nas aulas
de Ciências, em grupos ou
individualmente, os alunos
partiram para a prática
confeccionando circuitos
elétricos, enquanto que, nas
aulas de Informática, a
idéia principal foi a
construção de brinquedos com
mecanismos simples,
utilizando um pequeno motor
de corrente contínua
diretamente ligado a duas
pilhas”, conta Laís,
coordenadora de Ciências do
Ensino Fundamental 1.
Soluções inusitadas
Com essa proposta, os
inventores tiveram a
oportunidade de encontrar
soluções inusitadas para
resolução dos desafios.
Outro ponto relevante é que
todas as peças para a
produção dos inventos vieram
de sucatas e dos próprios
brinquedos das crianças,
além dos materiais (motor,
fios, porta-pilhas etc.)
oferecidos pela escola,
atendendo à palavra de ordem
usada hoje em dia:
“reaproveitamento”, tendo em
vista a preservação do meio
ambiente.
“Os resultados foram muito
interessantes e todos se
envolveram no projeto. O
auge da participação foi
verificado durante as
sessões de montagem e testes
dos experimentos, que
apresentaram as mais
variadas situações
possíveis. Em algumas
unidades foi montada até
mesmo uma piscina, para
incentivar os estudantes a
desenvolverem suas
habilidades na observação de
fenômenos que envolvem
movimento”, explica a
coordenadora da disciplina
de Informática do Ensino
Fundamental 1, Mônica
Moreira.
Robôs, submarino,
Magnekit ...
Os alunos
expuseram trabalhos que chamaram
muita atenção dos visitantes
da mostra. Um deles foi um
robô de tamanho semelhante
ao de uma criança. Feito à
base de garrafas PET,
tampinhas e caixas de
papelão, o protótipo carrega
uma antena produzida com
mola, que possui um circuito
elétrico; os olhos, feitos
com lâmpadas, acendem por
meio de fios de cobre
levados até o soquete e as
pilhas.
Outra invenção que nasceu
das mãos de estudantes foi a
construção de um submarino.
Conforme suas criadoras,
Mariana e Natália, o objeto
assemelha-se a uma usina
hidrelétrica, porém, em vez
de utilizar os recursos
naturais para produzir
energia, uma pilha ligada ao
fio de cobre e um motor dão
conta do recado
perfeitamente.
Um grupo de alunos demonstrou a
utilidade da força magnética
no trabalho Magnekit.
Para tanto, não economizaram
em ímãs, bolinhas de aço,
fios de cobre e de nylon,
clipes, papelão, fitas
adesivas e pilhas. Um super
avião-barco também saiu de
uma mente engenhosa de José Henrique, o criador da obra,
fez o avião-barco voar,
flutuar e tornar-se
lanterna, quando necessário.
Ah, e nada de sentir calor:
as hélices do avião também
se transformam em
ventilador.
Além de todo o empenho nas
produções, merece aplauso a
participação das famílias
dos alunos na atividade, já
que parte do projeto é feita
em casa. Marcelo, pai
da aluna Lígia, parabenizou os
professores e disse que
“para alguns alunos, a
iniciativa certamente
antecipa o futuro, porque
desde já notamos os pequenos
cientistas em ação”. A filha
complementa que a atividade
a ensinou a origem da
eletricidade e os danos que
as usinas hidrelétricas
causam ao meio ambiente.
“Pela primeira vez vimos
nossa filha realmente
envolvida em uma atividade
educativa cujo retorno foi
de seu total entendimento.
Agradecemos ao corpo docente
pela dedicação”, comentam
Marcio e Patricia,
pais da aluna, Laís.
Adriana, mãe da
aluna Carolina, conta que
ficou admirada com a
criatividade e a qualidade
dos trabalhos. “O que vi
foram alunos empolgados
esclarecendo sobre todo o
funcionamento das invenções,
o que mostra que realmente
aprenderam”, diz Adriana.